ELIZANDRA SOUZA

terça-feira, 24 de abril de 2018

ADOLESCENTES: DIREITOS E RESPONSABILIDADES

Muitos adolescentes são arrogantes, se acreditam especialistas, acham que já sabem tudo, que estão acima do bem e do mal e longe de qualquer adversidade, como se consequências ruins, punições ou castigos não fizessem parte de sua vida. Essa atitude dificulta o trabalho dos educadores e, posteriormente, dificultará sua relação no mercado de trabalho.

O adolescente (e mesmo a criança) tende a achar que suas vontades são seus direitos e nossa obrigação. Acreditam que o que querem deve ser adquirido, o que acham deve ser seguido e como se comportam deve ser aceito. Mais uma vertente da crença de que só há um saber correto: o seu. E todos os outros, inclusive seus pais, devem seguir suas vontades, já que ele tem razão. 

Estamos criando pessoas que se acreditam detentoras de um saber nato e de um direito absoluto e, por isso não precisa de nenhum conhecimento e nenhum trabalho. Acostumamos nossos filhos a acharem que sabem mais que nós, principalmente quando se trata de tecnologia e podem mais do que nós, quando fazemos suas vontades e administramos nossa vida a partir de seus desejos.

O adolescente precisa ter seus desconcertos, suas dúvidas, suas quedas de certezas e verdades, pois do contrário, se estiver mito certo de si, ficará numa posição de impossibilidade de aprender, de crescer, de amadurecer.

Nosso papel não pode ser confundido com o de um amigo, pois nenhum amigo tem a força e o poder de instituir normas e limites. Por isso, quando fazemos intervenções limitadoras tendemos a acreditar que essa atitude nos afasta de nossos filhos, mas não é verdade.

O adolescente precisa de regras e pede por essas delimitações. É comum observar, dentre eles, a busca por figuras que representam respeito e autoridade, seja através de ídolos, seja através de líderes. De certa forma, essa busca demonstra a necessidade de enquadre, de segurança.


A falta de limites e referencias traz consequências desagradáveis à sociedade, pois vemos o quanto as pessoas ignoram umas às outras, se tornando mal educadas e defendendo agressivamente seus direitos de forma isolada. Portanto, são as regras, as normas e limites que constituem a possibilidade da vida em sociedade.

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